Enquanto fazes rodar o teu peão
Eu brinco todos os dias, à desgarrada
Com a minha boneca de trapo e botão
Pela noite dentro, até à madrugada.
O teu arco metálico, roda no eixo
O teu peão de madeira, roda no chão
A minha boneca mesmo sem eixo
Anda, chora dança e canta que mais não!
No centro dos olhos que não te vêem
Há brinho de um botão de quatro furos
Pregados com fio de lã, em pano de meia,
E cabelos de barba, de milhos escuros.
Nos pés e nas mãos não há dedos e anéis,
Mas, a minha boneca é bonita, como vês!?
01-05-1947
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
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POEMAS Á MINHA RUTE
- Isabel Moreira Rego
- ALMADA, SETUBAL, Portugal
- Social, sincera, amiga, alegre, divertida... e alguns defeitos: como directa, verdadeira, frontal...
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